domingo, 29 de abril de 2012

Se você quem me adora? Se você me acha d+? Até quem ignora...

Qual é o desdém? Meu X-Egg continua delicioso!

Deu para mim, socí
Sentei naquela mesa regada a champa do bom, comidas boas e assuntos chatos: quem é, de onde vem, porque, filho de quem etc e tal. Mas eu tentei parecer simpática e respondi educadamente, com um leve sorriso e uma vontadezinha (controlável) de socar a mesa. Fiquei observando toda aquela gente que atropela a fala dos outros, e lembrei como é bom ter dois ouvidos. Esse faz isso, aquela vive daquilo, e em momento algum perguntam se a ocupação daqueles seres me interessava. Mas eu aceitei a cadeirinha. Eu sorri pra ser simpática, e agora é meu dever encontrar uma diversão naquela mesa de egos inflados. Eis que surge então aquela que se tornaria minha melhor amiga: a conta. Tive a sensação de que uma bomba ia explodir naquela mesa, e vi naquele pedacinho de papel um ataque terrorista. Evacuaram o local e deixaram só o barulhinho das moedas. De gorjeta pro garçom apenas uns flyers da próxima festa. Fiquei com vontade de perguntar onde estava toda a educação daquela fina flor. Estaria falida a tão conhecida 'finesse' da cidade? E pra terminar, quem não bebeu deveria pagar o couvert artistico. É mole?
A bolsa da fulana custou 6 mil reais. A calça daquele chatinho é exclusiva, e aquele pinico que chamam de chapéu veio da Europa. Alguém sabe quanto custa ter o nome limpo e saber falar baixo?
Entrei no meu carro que de importado não tem nada, mas ta pago. Mandei umas mensagens sem medo da conta telefônica, e respirei aliviada por ter acabado mais uma noite de badalação social. Com exceção de alguns, continuo preferindo a companhia de gente que não sai no jornal, come X-salada e principalmente, paga a conta!

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