quinta-feira, 29 de março de 2012

É cura, sim! Experimente!

Aliás, quem já teve febre de não aguentar passar na frente do ventilador, ar condicionado, refrigerador, freezer ou semelhante, queria ver quem ousaria cuidar de uma anti-sorologia com Dipirona, Benegripe, AAS ou a tal Brupometadona, eita lasca... difícil de suportar... Homeopatia ou Omepatia é para uso cotidiano e cura, sim!


Os argumentos a favor da homeopatia (e porque razão não são válidos)
Posted on 04/02/2011 by Pedro Homero

por Marisa Cardoso(foto de Marisa Cardoso)

Os apoiantes da homeopatia, sejam praticantes ou clientes dessa modalidade, assentam a defesa desta prática num pequeno número de argumentos. Vamos tentar, neste post, compreender quais são e avaliar a sua validade.

A homeopatia funciona porque milhões de pessoas no mundo inteiro dizem que funcionou com elas.

Este argumento é provavelmente o mais comum. Pode ser dito por um homeopata (“mas eu trato centenas de doentes e todos reportam que estão melhores, e que a homeopatia funcionou”) ou por um cliente (“eu estava com uma infecção urinária horrível, andei semanas a tentar tratar disto com o meu médico, os efeitos secundários foram horríveis, só piorava, e depois tomei um produto homeopático e fiquei boa”).
Que há de errado com este argumento? O problema reside no facto de existirem um sem-número de variáveis que nos impedem de confirmar, sem sombra de dúvidas, que B ocorreu por causa de A, isto é, que a doença foi curada pelo produto homeopático.
Isto porquê? Primeiro, porque várias das doenças e maleitas que temos são leves o suficiente para o nosso corpo poder dar contas delas por si próprio. Depois, porque existem doenças e problemas que desaparecem por si só, independentemente do que fizermos. Além disso, também existem condições crónicas que vão e vêm, isto é, que ora melhoram, ora pioram, e temos a tendência de dar os louros da vitória à última modalidade que testamos.
O que de facto acontece, numa consulta homeopática, é que o cliente é recebido com simpatia e é-lhe dada atenção. É-lhe perguntado, por um senhor de bata branca e com um ar sereno, tudo sobre o que apoquenta o cliente. Numa palavra, é-lhe transmitido interesse por ele. Isto é mais de meio-caminho andado para a pessoa se sentir melhor. No final, e após esta longa conversa, o homeopata receita-lhe (ou vende-lhe directamente) um produto que diz foi formulado precisamente para este cliente, e não para curar um outro sintoma, mas para equilibrar e restablecer a ‘energia vital’ do cliente. O resto do efeito consegue-se aqui. A partir deste momento, o cliente está ciente que aquelas bolinhas de açúcar vão funcionar, e vão curá-lo. E ele cura-se, se for uma situação ligeira, mas não por causa das bolinhas de açúcar.
A experiência própria, individual, não serve de barómetro para descobrir se isto ou aquilo funciona. Podem existir outras razões para melhorarmos (ou piorarmos, ou não nos acontecer nada).

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